quarta-feira, 10 de junho de 2009

NIRVANA & SAMSARA

O gosto acre na boca é só o início
Do Samsara, da roda do suplício
Que tritura carcaças inauditas,
Empaladas ao pé das palafitas.

No silêncio insulso do interstício
Que separa esperança do cilício,
Partilho a solidão dos eremitas,
Entregue a Sorte às vastidões malditas.

Se erro nos labirintos da Verdade,
Quando me procuro à sombra do Nada,
Encontro-me cindido e fragmentário.

A busca do prazer é veleidade.
Com a pena em ilusão mergulhada,
Tisno as letras de meu próprio obituário.
Thiago Henrique Darin.

3 comentários:

Enxaqueca e Êxtase disse...

Uma poesia de grande introspecção. Fruto de trabalho inteligente.

Thaís V. Manfrini disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Modorra Burlesca disse...

O que dizer? Amei.